terça-feira, 5 de novembro de 2013

Enquanto a estrada não vem...

Estou parado praticamente desde o dia 17 de outubro, quando cheguei a Ilha Comprida. Fiquei lá até dia 26, aí peguei um ônibus e vim para Santos. Um dos motivos é o pouco dinheiro, que só agora aprendi uma técnica para esticá-lo até a próxima remessa de parte dos patrocinadores: quando encontro um local barato para dormir (de graça só tive uma noite, lá em São Manuel), fico vários dias. Assim, além de economizar com a pousada, gasto menos também com alimentação, pois como apenas o suficiente para não desmaiar - exagero. Nessa hora me sinto feliz em ser brasileiro e me beneficiar de nossa característica de sempre dar um jeitinho...

Monumento ao Ciclista Trabalhador (ah, esses políticos...) Fica em São Vicente.
Aproveitei os dias aqui para visitar parentes em Sampa. Claro que não fui de bike! Infelizmente nesses 2 dias que lá fiquei ocorreram pequenos fatos desagradáveis: primeiro, ganhei uma crise de lombalgia, que me obrigou a repousar todo o tempo. Segundo, estava com intenção de visitar o Antigão, ciclista sexagenário como eu (meu Deus, eu sou isso!!!), que mora ali pelos lados do Carrão, perto da Penha, onde mora um primo a quem visitei. Por consequência dessa lombalgia não pude ir lá conhecê-lo, fica para uma próxima vez.

Para não desperdiçar totalmente o tempo, fiz uma revisão completa na bike, conheci o centro histórico de Santos, fui ao Guarujá, onde comprei o novo velocímetro (ciclocomputador, se preferirem. Mas eu acho esse nome pomposo demais) e me informei sobre as estradas dali até Caraguatatuba, caminho que pretendo fazer para ir ao Vale do Paraíba - onde fica Aparecida, para os não iniciados. Porém... temo esforçar demais pedalando para subir a Serra do Mar, em torno de 1.800 metros, e sofrer uma recaída da lombalgia, o que então me faz pensar em colocar a Áquila num ônibus e voltar a pedalar somente quando estiver em terreno mais plano. As próximas 48 horas me darão a certeza da rota mais adequada.
Na balsa para Guarujá
O novo velocímetro, que comprei na Guaru Bike Shop.
Enquanto não pedalo, penso. Penso muito, como sabem os mais próximos. E, avaliando a viagem até aqui, declaro publicamente que estou muuuuuuuuuuiiiiiiito satisfeito em ter me lançado nesta aventura. Já faço planos para após concluir esses 2.000 kms, me preparar para um outro roteiro, mais direcionado e, desta vez, bem melhor planejado. Mas essa é outra história, vamos ficando nesta que ainda está em sua metade.

Aproveito esse tópico vazio para pedir aos amigos leitores: se você tem um amigo, parente, ou apenas conhece algum empresário que simpatize com o ciclismo e se disponha a me ampliar o patrocínio, fale com ele e me ponha em contato. Tenho tentado junto a grandes empresas, mas quase sempre a resposta é que só patrocinam equipes ou que já estão com a grade de patrocínios fechada para este ano, talvez no próximo... Como dá para perceber, o dinheiro - ou a falta dele em quantidade tranquilizadora - é a única preocupação que tenho na viagem. Felizmente tudo tem transcorrido na maior paz imaginável, com segurança, satisfação com a criação de novas amizades, e desfrutar dos lugares já conhecidos com mais calma, em câmera-lenta, pois que a bicicleta oferece esse adicional.

Com todo esse tempo que estou tendo para pensar, percebi que está na hora de redirecionar ou reestruturar o projeto. E é o que estou fazendo agora: um dos primeiros pontos será a criação de um site próprio, em moldes mais profissionais, com conteúdo mais abrangente. Para isso uma nova abordagem também irei adotar no sentido de angariar recursos para a continuação da viagem.

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