segunda-feira, 21 de outubro de 2013

São Miguel Arcanjo, a 19 da lista

Enquanto estava em Avaré, decidindo qual caminho tomar em seguida, a alternativa de passar por SMArcanjo e, consequentemente, pelo Parque Estadual Carlos Botelho (PECB), me preocupava e mesmo assustava. Explico. Para ir de SMArcanjo a Sete Barras, rumo ao litoral, teria que atravessar o Parque, mata nativa, com 33 kms de estrada de terra, que eu desconhecia, pois sempre só pedalei em asfalto, tanto em viagem quanto na preparação, em Formosa.

Saí um tanto tarde de Itapetininga, lá pelas 10 h. O tempo estava ideal para pedalar: nublado. A partir de Itapetininga notei um ponto positivo a mais na viagem : os cicloviajantes aparecem com freqüência bem maior - melhor, simplesmente aparecem. E os motoristas, deste ponto até o litoral, o que comprovaria nos próximos dias, respeitam e tomam distância ao nos ultrapassar, e isso sem xingamentos ou buzinadas.

Pouco antes de chegar a SMArcanjo encontro na estrada o Zé Luiz, ciclista calejado - já foi ao Chile - de Itapetininga, que se dirigia para lá também. Ex bancário, essa característica rendeu um bom papo da minha parte, coisa rara em mim, todos sabem...

O Zé Luiz me apresentou ao casal Hélio e Vanda, profissionais do pedal, os quais mantém uma lanchonete no posto de gasolina que fica bem na entrada da cidade. Foi uma festa, para mim. Muito simpáticos e atenciosos, me deram dicas sobre o Parque e me ajudaram a ir perdendo o medo que sentia a respeito desse trecho. Explico: de SMArcanjo a Sete Barras são 85 kms, sendo 33 deles em estrada de terra, com uma longa descida de 12 kms.

A CIDADE

SMArcanjo é uma cidade de uns 30 mil habitantes, cuja economia gira em torno da agricultura, principalmente na cultura de uvas brancas. Ao longo da estrada pude observar diversas propriedades com essa cultura. Inclusive produzem vinho. Tem vocação para o turismo, uma vez que o Parque fica boa parte em seu território. Mas ainda está se adaptando a esse mister: falta estrutura adequada para tal.

Conta também com a tradição de romarias a Iguape. Caminhantes ou cavaleiros constantemente atravessam a serra para alcançar a basílica de Bom Jesus do Iguape, na cidade de Iguape.







Não visitei a Prefeitura, como de costume, por ser fim de semana. Mas fiquei com boa impressão da cidade. Relativamente plana, não apresenta grandes obstáculos ao ciclista.




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