quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Pariquera-Açu, contando 21 cidades

Pariquera fica a meio caminho entre Registro e Ilha Comprida. Os 7 kms de ótima estrada que me levaram da BR-116 (São Paulo/Curitiba) até lá estão entre os melhores trechos que passei, em toda a viagem até o momento.
Armadilha-para-pegar-peixes-grandes, este o significado do nome da cidade, em tupi-guarani. Talvez por isso este pisciano tenha se sentido tão à vontade na cidade. Antes de chegar à cidade, travo conhecimento do Parque Estadual Campina do Encantado, uma constante nesta região do Vale do Ribeira, onde a Natureza permanece intocada, inclusive protegida por legislação.

A cidade tem sua economia baseada na agricultura, embora mais recentemente o Turismo esteja participando bastante, pois a região oferece, além da rica história do período colonial, os recursos naturais da Mata Atlântica em seu estado original.

Terra do buraco-quente, um sanduíche feito com carne moída e grande variedade de temperos, eu que se faz um buraco no pão francês e coloca-se esse recheio. Simples e delicioso. Também aqui se encontra a famosa batata-suiça, prato feito com batata ralada e cozida com recheios diversos, como carne, frango e outros, como o palmito da região.


Na cidade pode-se encontrar diversos ciclistas profissionais, como o Vinaldo Zator, presença constante por aqui, desde Itapetininga. Pariquera-Açu fica em uma rota movimentada de cicloturismo, pois por aqui se tem acesso ao litoral sul de SP: Cananéia e Ilha do Cardoso e litoral do Paraná. Além da região de Eldorado, famosa por suas incontáveis formações rochosas com inúmeras cavernas, sendo a mais famosa o complexo da Caverna do Diabo.

Igreja Matriz de São Paulo Apóstolo
Pariquera é um paraíso para o ciclista, pelo seu relevo e destinos que se pode escolher a partir daqui. E não somente para viajantes e profissionais, mas o cidadão comum se desloca aqui de bicicleta com uma grande frequência. No quesito hospedagem, fiquei no Hotel do Bi, o qual recomendo, pelo preço acessível e bastante confortável.

A partir de Pariquera-Açu, a estrada para Iguape foi uma surpresa desagradável: asfalto todo remendado, em toda a extensão de 42 kms, movimentada inclusive por caminhões, exigiu muita atenção de minha parte, ainda mais se considerando que todo o caminho se fez sob chuva e com acostamento praticamente inexistente.

No caminho encontrei esse pequeno oásis: a lanchonete do Sr. Agostinho, com decoração original e que oferece pastéis deliciosos, feitos na hora. Um grande achado.
O proprietário, Sr. Agostinho (faltou foto dele...)  nasceu em fazenda na região.
Depois de viver em cidades grandes por 40 anos, voltou para a terrinha.

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