sábado, 12 de outubro de 2013

Bofete é a cidade 15 e Porangaba, 16

Devido à dificuldade de pedalar na Castelo Branco em função do vento forte e contra no caminho de Avaré para cá, cheguei na cidade somente lá pelas 18 horas, cansado, louco por cama. O trecho da serra de Botucatu foi uma contrariedade à parte. Quando vi a placa anunciando a descida da mesma, meu coração até sorriu, para poucos quilômetros adiante chorar de raiva, visto que não passava dos 18/20 km/h na descida.

Outra surpresa desagradável: parei para almoçar no Posto Graal/Maristela, km 198, próximo à cidade de Pardinho. Ciclista, nao pare ali nunca, mais à frente tem outro. Pra começar, fui mal atendido logo na entrada, acho que foi porque perguntei o preço e achei caro (45,00 o kg). Perguntei por outro posto mais adiante e nao sabiam informar, ninguém sabia nada. Devem ser treinados para serem toupeiras.

Após almoçar fui descansar um pouco e tentei acessar o wifi do local. Fiquei na vontade apenas. Estupidamente, você precisa fazer um cadastro tao detalhado que mais parece o de lojas online. Aí dava que o meu CPF ja estava cadastrado. Mil pessoas a quem recorri, incluindo um gerente que parecia leão-de-chacara, que só ficava repetindo: - o senhor vai tentando. Se seguisse sua orientação estaria la até hoje, tentando. E nao consegui mesmo. graal nunca mais. Tão diferente e agradável o de Uberaba...

Bem, às 18 horas aproximadamente cheguei em Bofete, sendo que os 5 kms que separam a cidade da Castelo Branco é estreito, sem acostamento e o movimento naquele horário era grande: caminhões, ônibus de estudantes, de trabalhadores rurais em sua maioria, não sobrava espaço para mim. Pra completar, outra montanha russa. Claro que fiz o percurso mais com o pé no chão que no pedal.

A cidade é bem pequena e simples, assim como seus moradores. Isso se nota pelo carinho com que tratam os forasteiros, ainda mais uma figura extravagante como eu devo parecer. Bofete é uma autêntica cidade interiorana brasileira. A economia local se baseia na agropecuária. Cultiva-se principalmente laranja e cria-se gado nobre. Não sei se leiteiro ou de corte, pois essa diferenciação, para mim, é mistério maior que a origem da vida...





ORIGEM DO NOME BOFETE

Desde sua fundação a cidade já levou os nomes de Samambaia e Rio Bonito. A partir de 21/01/1921, passou a denominar-se Bofete em homenagem ao grande morro que fica a seu pé. Por esse morro passava uma estrada que levava ao município de Tatuí, que era ponto de passagem dos sertanistas. No local havia grandes cavernas onde os tropeiros guardavam seus pertences, inclusive mantimentos (alimentos, arreios, etc). Por coincidência, na época havia um tipo de móvel de origem francesa, usado para estocar alimentos, que denominava BUFETT. Como no morro continha tais cavernas que serviam como abrigo e o móvel era utilizado para estocar mantimentos, houve a associação entre ambos e surgiu o nome aportuguesado pelos sertanistas “bofete”, que se tornou popular na comunidade e originou o nome da cidade de “Bofete”.

Fiquei pouco tempo em Bofete, pois queria sair cedo no dia seguinte, o que fiz às 10 da manhã. Dormi numa pousada bem simples, a do "seo" Joaquim, que fica junto ao seu bar e restaurante bem na praça principal. Tirei poucas fotos, pelo cansaço e pela noite que se aproximava, preocupado em achar pousada. (Ainda vivo preocupado... afe!)

Pela manhã passei no AcessaSP onde atualizei meus emails. Não atualizei o blog para nao perder muito tempo, pois pretendia chegar a Tatui nesse mesmo dia.

PASSEI RAPIDAMENTE POR PORANGABA

Nem cheguei a entrar na cidade, pela pressa e pela fome. Cheguei no trevo que liga a cidade a Castelo Branco; cidade à esquerda, Castelo à direita. Logo avistei um restaurante bem simples na margem esquerda. Fui la conferir e dei com um restaurante de Comida Mineira, feita em fogão de lenha. Uma delícia. A Marlene, de Teófilo Otoni, comanda o lugar, com suas  duas filhas.

Se você ciclista, passar por aqui, não tenha dúvida, este é o local.

E segui para Tatuí, pensando em entrar em Cesário Lange, caso sentisse que não chegaria lá de dia.

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